"Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam" (Jo 6, 11)
O Sacerdote do Senhor, nunca age em nome de algo que está ausente como um substituto, mas na Pessoa mesma de Cristo, que se faz presente com sua ação eficaz. Age realmente e realiza aquilo que o sacerdote não poderia fazer: a consagração do pão e do vinho na Santa Missa, que são a presença do Senhor e a absolvição dos pecados. O Senhor torna presente a sua própria ação no ministro ordenado sendo ele padre, bispo, cardeal ou Papa. Já tendo relembrado ou conhecido isto, vou enumerar alguns dos principais oficios sacerdotais.
1- A primeira tarefa é o ato daquele que explica e instrui. Vale ressaltar que isso não significa que estes devem ensinar segundo sua cultura ou modo de ser, mas seguindo a tripé da Igreja Católica que é o Magistério; Sagrada Escritura e Sagrada Tradição. Aquele que leva a verdade do Senhor, será recompensado pelo Senhor que é amor e misericórdia. Portanto, é vosso primeiro dever, caríssimos sacerdotes, falar de Cristo, como diria S. Francisco, mesmo que precise usar palavra. Quando nosso Pai Seráfico falou isso, nos mostrou a necessidade que há de nós cristãos e cristãs, ser exemplo de Cristo em cada ato que seja, mesmo sem ninguém estar por perto, pensando apenas em agradar aquele por ti morreu na cruz.
Santo Agostinho, sobre este tema, disse: "Nós, sacerdotes, que somos? Ministros (de Cristo), seus servidores; porque tudo o que distribuímos a vós não é coisa nossa, mas o colocamos para fora de sua dispensa. E também nós vivemos disso, porque somos servos como vós" (Sermão 229/ E, 4).
2- A segunda tarefá não menos importante, é fazer-se o menor dos menores.
Aquele ministro que se deixa levar pelos vícios mundanos como a vaidade, soberba entre outros, deixa de transmitir o Cristo que deu a vida por ele. Por isso, é preciso tornar-se o servo dos servidores como nos ensina a sagrada escritura. Como torna-se tal? Digo com toda convicção possível: Indo aos mais pobres, indo aqueles que além de fome de alimento, tem fome da palavra salvífica, que salva, cura e liberta. O conceito interpretativo do Evangelho, deve adaptar-se ao momento daquele ou daquela, não mudando o seu conceito, mas, se moldando. Por muitas vezes, percebo que é entregado aos precisados a palavra do Senhor, digamos que, como uma casa sem suas bases, que automaticamente se desmorona. Por fim, aconselho aos senhores padres, o estudo dos magistérios da Igreja, porque, quanto mais conhecemos algo, mais o amamos.
Caríssimos irmãos e irmãs, para finalizarmos esta catequese, supliquemos a Deus a graça de sermos bons sacerdotes levando os santos sacramentos junto a sua palavra.