ARQUIDIOCESE PRIMAZ DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
DOM JÚNIOR ASSIS
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
TITULI DI CASTELLUM TATROPORTUS
BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
DOM JÚNIOR ASSIS
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
TITULI DI CASTELLUM TATROPORTUS
BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
"Comportai-vos nobremente em meio aqueles que são pagãos" (São Pedro)
A todos que estas letras lerem, saudações e bênçãos apostólicas.
Caríssimos irmãos e irmãs, nos é perceptível na colocação de São Pedro Apóstolo a importância da boa conduta na vivência Cristã, tal que além de uma ação ética e moral por princípio social, mas nos é religiosamente um ato de enxergarmos fraternalmente a presença do divino em nosso semelhante, sendo todos irmãos reunidos em Cristo.
Nestas condições, nós enquanto clérigos temos também ao dever de exalar esta realidade a comunidade de Fé, a todos os Leigos, e até mesmo aqueles que ainda não encontraram a Cristo em suas vidas, como sinal de doação a esta missão com que nos comprometemos, nossos atos devem demonstrar verdadeiramente ao caminho de Deus, ao nos depararmos a realidade de muitas pessoas que por vezes privadas do conhecimento reflexivo da doutrina e das Sagradas escrituras, possam enxergar através de nós na realidade Clerical, uma porta para a conversão e santificação para adentrar a santa Igreja. Essa concepção é muito bem explicitada por São Francisco de Assis em carta à seus confrades: "Tome cuidado com a sua vida, talvez ela seja o único Evangelho que as pessoas leiam".
Entendendo desta maneira que tais atitudes indecorosas consistem em um testemunho contrário ao caminho da santificação, tal estrada que todos nós somos convidados a seguir em contínuo processo de conversão, e principalmente como igreja de sinalizar esse aos demais, nos lembremos das próprias palavras do nosso Senhor Jesus Cristo acerca dos atos escândalosos: "Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. Ai do mundo por conta dos escândalos! Eles são inevitáveis, mais ai daquele que os causa" (Mateus 18, 6-7).
Ao nos encontrarmos em condições eclesiásticas, estas ações além dos elencados fatores, constituem uma contraposição hierárquica ao se proferir de forma nada nobre a um superior, salientamos aqui em específico ao se tratar da relação com Bispos da santa igreja, sucessores dos Apóstolos que por garantia da Santa Sé, são conhecedores sábios das realidades no corpo eclesiástico, merecendo todo respeito e honra quanto a suas posições. Isso contudo claramente não impede a proposição de alternativas a estes, desde leigos a clérigos, mas deve-se sempre ter o respaldo para que com a sua autoridade, conforme pode-se observar brevemente no que se contém no código de direito Canônico: "[...] existe o direito e até o dever de as vezes, manifestar aos pastores sagrados a própria opinião, sobre o que afeta o bem da igreja ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os pastores [...]" (Cânone 212, 3° Parágrafo), bem como está presente no livro do eclesiástico: "O início do orgulho do homem é de negar a autoridade" (Eclesiástico 10:14) autoridade tal qual referida está no próprio Deus.
Desta forma publicamente vimos e constatamos nos últimos acontecimentos envolvendo o Mosenhor Eder Messias, em discussão com minha pessoa, provendo colocações não muito condecorasas e que soam em dissonância ao porte Clerical, Presbiteral e ao apresentado trecho do Código de Direito Canônico.
Destarte Eu, Dom Júnior Assis com plena ciência de minhas decisões, como Bispo Auxiliar desta circuncisão eclesiástica, com todos os ofícios e faculdades garantidos a mim pela Santa Sé e analisando os fatos, com os devidos respaldos e intervenções Arquidiocesanas, tendo analisado aos fatos, e tendo justa causa submeto a ADVERTÊNCIA o supracitado Presbítero, afim de que com as argumentações aqui expostas repense a suas atitudes, e seja obtida uma melhor relação entre episcopos e presbíteros com a exigência de respeito, de modo que com êxito continue a contribuir com a Santa Igreja em perseverança e sobretudo diálogo para que com os demais clérigos, caso contrário serão tomadas as devidas providências, e em consecutivas advertências pode acarretar a suspensão.
Contudo sabemos que nada disso será necessário com a imensa compreensão que temos certeza que o Reverendo apresentará, a qual desde já agradecemos.
No mais, que Deus derrame suas mais copiosas bençãos sobre o Mosenhor Eder, e a todos nós.
Dado e passado nas terras Soterropolitanas aos 5 dias de janeiro do ano sacerdotal de 2022.
+Júnior Assis
Bispo Auxiliar
Eu subscrevi,
Diácono Perm. Frei Francisco Reis, OFM
Chanceler do Arcebispado